Partilhei há pouco tempo um reels no Instagram sobre normalizar o baixo consumo e a verdade é que teve uma receção tão boa que achei que valia a pena trazer esse tema aqui, com mais calma.
Neste artigo quero aprofundar um bocadinho essa ideia, partilhar a minha perspetiva sobre o que é viver com simplicidade, como isso me ajuda financeiramente… e também mostrar alguns exemplos muito concretos do meu dia-a-dia.
O que é viver com simplicidade
Para mim, viver com simplicidade não é viver sem qualidade, nem é viver em sacrifício constante.
Pelo contrário, é viver com mais leveza, com mais clareza sobre o que realmente importa. É focar-me no essencial, nas coisas que me fazem feliz — como o tempo com a família, os afetos e as experiências.
Ter menos não significa viver pior. Muitas vezes, significa viver melhor.
O que é normalizar o baixo consumo
Quando falo em normalizar o baixo consumo, estou a falar em reconhecer que não precisamos de estar sempre a comprar coisas novas para sermos felizes.
A felicidade não depende do número de malas ou sapatos que temos, nem de beber água na garrafa da moda.
Podemos viver bem com o que já temos. Podemos valorizar mais o uso do que a novidade.
E está tudo certo em fazer escolhas mais simples — isso não nos torna menos válidos, nem menos interessantes.
Viver abaixo das possibilidades = menos pressão financeira
Uma das grandes vantagens desta forma de viver é o impacto financeiro positivo.
Ao viver com menos e ao escolher gastar menos, consigo viver abaixo das minhas possibilidades financeiras. E isso traz-me uma tranquilidade enorme.
Não vivo constantemente em stress com as contas, tenho margem para poupar e menos medo de imprevistos.
No fundo, é uma forma de liberdade.
Exemplos do meu dia-a-dia
Deixo alguns exemplos muito concretos da minha rotina que refletem esta forma de estar:
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Cozinho em casa em vez de encomendar comida

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Faço pequenos-almoços de “hotel” cá em casa, com o que já tenho
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Tenho uma rotina de skincare super simples
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Só tenho um saco de maquilhagem
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Não pinto as unhas
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Tenho poucos sapatos — e uso todos
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Só tenho duas malas
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Leio livros da biblioteca
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Uso produtos de limpeza simples e versáteis
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Bebo água em chávenas ou garrafas normais
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Reutilizo frascos de iogurte e sacos de congelação
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Cuido bem das minhas coisas para durarem mais
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E o meu carro é simples e está pago
Estas pequenas escolhas fazem mesmo diferença, e não sinto que esteja a abdicar de nada importante.
Itens dos quais só tenho uma unidade
Também tenho alguns objetos dos quais só possuo uma unidade — e isso basta:
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Uma carteira
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Um par de óculos de sol
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Um verniz
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Uma tulha para a roupa
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Um cesto grande (que uso para jardinagem, roupa ou limpezas)
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Um relógio
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Uma televisão
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Artigos de maquilhagem muito reduzidos
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Um champô
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Um amaciador
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Um sabonete
O que noto é que ter menos simplifica muito o meu dia-a-dia: menos decisões, menos confusão, mais espaço, menos coisas para limpar. No fim, tudo fica mais simples.
Tudo isto para dizer que não é preciso vivermos em constante consumo para vivermos bem. Viver com simplicidade é uma escolha — e para mim, é uma escolha que vale mesmo a pena.
