Provavelmente muitos de vocês já leram o livro “O Monge que Vendeu o seu Ferrari”. Eu só o li agora e percebo porque faz tanto sucesso. Adorei e a principal razão de ter gostado tanto dele é pelo facto de me ter apercebido que de uma forma ou de outra, já pratico um pouco a sabedoria do Julian, mesmo sem saber. Senão vejamos.
Os meus momentos de silêncio matinais são cada vez mais introspectivos. penso muito naquilo que realmente gosto de fazer e nos passos que preciso dar para manter o que tenho e chegar onde quero. Muito focada, mais do que antes.
Quem sofre de ansiedade, sabe que a nossa mente inventa problemas onde eles não existem e dramatiza tudo ao quadrado. Uma técnica que me tem ajudado imenso é forçar o pensamento numa situação específica que me acalme. E recorro a ela sempre que me sinto mais em baixo. Tentar encontrar algo de positivo em todas as situações, principalmente nas difíceis, também ajuda. Faz-nos mudar a perspectiva e relativizar.
Deixei de fazer planos no início do ano. Se houve coisa que o minimalismo me trouxe foi a capacidade de selecção. Mais do que destralhar coisas, tenho destralhado pensamentos. Procuro apenas concentrar-me em fazer aquilo que me deixa feliz, dando pequenos passos em direção a esse objectivo, seja em que altura do ano for. E ser persistente. Mesmo que faça pouco, o importante é fazer.
Aos poucos também vou tendo a calma e serenidade para perceber que tudo tem um tempo certo para acontecer. Não preciso querer fazer todos os projectos aos mesmo tempo. Se há algo que não resulta, então é porque ainda não era a altura certa disso acontecer.
Em seguimento disto vem a parte do desenvolvimento pessoal. Para que possamos ver sucesso exterior, precisamos trabalhar primeiro o nosso interior. E é óbvio que não estou a falar de sucesso financeiro, estou a falar de algo tão simples como ter percebido que para poder ensinar ao meu filho a ter mais calma, a saber lidar com a frustração e a não sofrer tanto por antecipação, tive de trabalhar primeiro essas coisas em mim. Porque mais do que as palavras, o que eles copiam mesmo são as nossas ações e atitudes no dia-a-dia.
Outra parte importante do livro é quando se fala sobre a questão de aproveitarmos melhor o tempo, não necessariamente de forma quantitativa mas qualitativa. Selecionar apenas e só aquilo que está de acordo com o que queremos alcançar. Daí a introspeção e o silêncio diários serem tão importantes para não perdermos o rumo.
Ajudar os outros é mais um dos ensinamentos de Julian. E apesar de sentir que consigo fazer muito mais do que faço, percebo o que o autor quer transmitir quando diz que quando trabalhamos para melhorar a vida do outro, indiretamente estamos a melhorar a nossa também.
Deixei para o fim a parte que eu penso que é a mais importante, talvez por ser aquela que tenho tentado trabalhar mais e a que tem tido um impacto mais profundo na redução dos meus níveis de stress e ansiedade, viver o presente (lá está o nome do blog). Em constante aprendizagem mas muito feliz por olhar para trás e sentir que fiz um grande progresso.
E sim, isto de certa forma é a review do livro. Mais do que recomendadíssimo!

Boa sugestão! Aproveito para desejar um Santo Natal! Bjinhos
Olá Manuela.
Obrigada. Desejo-lhe um feliz ano novo com muita saúde para si e para os seus. Bjs